segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Umbral!




No Umbral os espíritos se agrupam por nível vibratório de consciência. Nos juntamos com aqueles que pensam, sentem, reagem da mesma forma que nós.
Alguns núcleos afins vivem em cidades como nós, encarnados, liderados por espíritos inteligentes que os usam para a prática do mal. São estudiosos de magia, conhecem a natureza e seus elementos, conhecem com agem os encarnados, o lado psicológico ou psíquico e adoram o poder. A comitiva desses seres é desde o braço direito, ao sócio, o capanga, serviçais, escravos etc. Esses grupos são organizados, disciplinados e não querem a mudança de consciência dos encarnados.
Existem outros núcleos ou vales que são para desiquilíbrios específicos. Os vales dos suicidas, os vales dos alcoólicos e outros. São espíritos que vivem os mesmos dramas, os mesmos sofrimentos, e se juntam por afinidades.
Em alguns desses vales encontramos edificações, que servem para desfrute dos prazeres. Então, quando os encarnados dormem em desdobramento natural, eles se juntam aos desencarnados por afinidades, por sintonia e vão à busca de diversão. Muitos dos nossos instintos estão guardados no nosso subconsciente que nos leva em desdobramento para lugares afins. Essas pessoas acabam sendo vítimas de espíritos umbralinos, podem ser manipulados mentalmente e também acabam por desenvolver em sua vida física alguns problemas como: doenças, dificuldades profissionais, amorosas e também financeiras.
Na Região sóbria do umbral, nós encontramos um Oásis espiritual, que são os postos de socorro,. São locais de ajuda semelhante a um complexo hospitalar, lá estão espíritos missionários para ajudar aqueles que necessitam de auxilio nas regiões umbralinas. O Umbral nada mais é do que uma faixa de frequência vibratória onde se ligam todos os espíritos desequilibrados,  tanto encarnados em desdobramento ou desencarnados, que possuem a mesma energia. Como nós encarnados ainda estamos desiquilibrados, acabamos por sofrer influência desses espíritos. Essa região é sustentada por nós, pelos nossos desejos, pensamentos, ações, sentimentos, inveja, egoísmo, ou seja, o que é negativo, o que é imoral. Somos os mantenedores desse ambiente, nós damos a esses espíritos, grande parte da matéria prima para as maldades por eles praticadas. Mude sua vibração, não construa uma ponte com esse mundo espiritual. Lembre-se do conselho de Jesus: Orai e vigiai.

Texto retirado da palestra do Grupo de Umbanda Triangulo da Fraternidade.

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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O Livro dos Médiuns - Capitulo 25 - ALLAN KARDEC

ESPÍRITOS QUE PODEM SER EVOCADOS
            274. Podemos evocar todos os Espíritos, seja qual for o grau da escala a que pertençam: os bons e os maus, os que deixaram recentemente a vida e os que vieram nas épocas mais distantes, os homens ilustres e os mais obscuros, os nossos parentes, os nossos amigos e os que nos foram indiferentes. Mas isso não quer dizer que eles sempre queiram ou possam atender ao nosso apelo. Independente da sua própria vontade ou de não terem a permissão de um poder superior, eles podem estar impedidos por motivos que nem sempre podemos conhecer. O que desejamos dizer é que não há nenhum impedimento de ordem geral às comunicações, salvo o de que trataremos a seguir. Os obstáculos à manifestação são quase sempre de ordem individual e freqüentemente decorrem das circunstâncias.
            275. Entre as causas que podem opor-se à manifestação de um Espírito, umas estão nele mesmo e outras lhe são estranhas. Devemos colocar entre as primeiras as suas ocupações ou as missões que desempenha, das quais não pode se afastar para atender aos nossos desejos. Nesse caso a sua manifestação fica apenas adiada.
            Mas há também a sua própria situação. Embora a encarnação não seja um obstáculo absoluto, pode constituir um impedimento em certas ocasiões, principalmente quando se passa em mundos inferiores e quando o próprio Espírito é pouco desmaterializado. Nos mundos superiores, naqueles em que os liames que prendem o  Espírito à matéria são muito frágeis, a manifestação para o Espírito, é quase tão fácil quanto no estado de erraticidade, e em todos os casos mais fáceis do que nos mundos em que a matéria corpórea é mais compacta.(2)
            As causas estranhas ligam-se principalmente à natureza do médium, à condição da pessoa que evoca ao meio em que faz a evocação e, por fim, ao fim que se propõe. Certos médiuns recebem mais facilmente as comunicações de seus Espíritos familiares, que podem ser mais ou menos elevados; outros são aptos a servir de intermediários a todos os Espíritos.
Isso depende da simpatia ou da antipatia, da atração ou da repulsão que o Espírito do médium exerce sobre o evocado, que pode tomá-lo por intérprete com satisfação ou com aversão. E depende ainda sem levarmos em conta as qualidades pessoais do médium, do desenvolvimento de sua mediunidade. Os Espíritos se apresentam  com maior boa vontade e sobretudo são mais precisos  com um médium que não lhes oferece obstáculos materiais. Quando há igualdade no tocante às condições morais, quanto mais apto seja o médium para escrever ou exprimir-se, mais se ampliam as suas relações com o mundo espírita.(3)
            276. Devemos ainda considerar a facilidade que resulta do hábito da comunicação com determinado Espírito. Com o tempo, o Espírito comunicante se identifica com o do médium e com o do evocador. Independente da questão de simpatia, estabelece-se entre eles relações fluídicas que tornam mais fáceis as comunicações. É por isso que a primeira manifestação nem sempre satisfaz como se desejava, e também que os próprios Espíritos pedem sempre para serem evocados de novo. O Espírito que se manifesta habitualmente sente-se como em casa: familiariza-se com os ouvintes e os intérpretes, fala e age com mais liberdade.
            277. Em resumo, do que acabamos de expor resulta: que a faculdade de evocar todo e qualquer Espírito não implica para o Espírito a obrigação de estar às nossas ordens; que ele pode atender-nos numa ocasião e noutra não, com um médium ou com um evocador que o agrade e não com outro; dizer o que quiser, sem poder ser constrangido a dizer o que não quer; retirar-se quando lhe convém; enfim, que em virtude de sua própria vontade ou não, após haver sido assíduo durante algum tempo, pode subitamente deixar de manifestar-se.
            Por todos esses motivos, quando se quiser evocar um novo Espírito é necessário perguntar ao guia protetor dos trabalhos se a evocação é possível. No caso de não o ser, ele geralmente dá as razões do impedimento e então seria inútil insistir.
            278. Importante questão se apresenta aqui, a de saber se é inconveniente ou não evocar Espíritos maus. Isso depende do fim que se propõe e da independência que se pode ter em relação a eles. Não há inconveniente quando se faz a evocação com um fim sério, instrutivo e tendo em vista melhorar-se. Pelo contrário, é muito grande o inconveniente quando se faz por mera curiosidade ou diversão, ou se a gente se coloca sob a sua dependência, pedindo-lhes algum serviço. Os Espíritos bons, nesse caso, podem muito bem lhes dar o poder de fazer o que lhes foi pedido, com a ressalva de punir severamente mais tarde o temerário que ousou invocar o seu auxílio, considerando-os mais poderosos que Deus . Será vã a intenção de aplicar no bem o pedido de despedir o servidor após o serviço prestado. Esse mesmo serviço solicitado, por menor que seja, representa um verdadeiro pacto firmado com os Espíritos maus, e estes não largam facilmente a presa. (Ver nº 212)(4)
            279. Só pela superioridade moral se exerce ascendência sobre os Espíritos inferiores. Os Espíritos perversos reconhecem a superioridade dos homens de bem. Entretanto alguém que lhes oponha a vontade enérgica, espécie de força bruta, reagem e muitas vezes são os mais fortes. Alguém tentava dominar assim um Espírito rebelde, aplicando a vontade ,e este lhe respondeu: Deixa-me em paz com esses ares de mata-mouros, que não vales mais do que eu. Que se diria de um ladrão pregando moral a outro ladrão?
            Estranha-se que o nome de Deus, invocado contra eles, quase sempre não produza efeito. São Luís explicou a razão na resposta seguinte:
            “O nome de Deus só tem influência sobre os Espíritos imperfeitos na boca de quem pode usá-lo com a autoridade das suas próprias virtudes. Na boca de um homem que não tenha nenhuma superioridade moral sobre o Espírito é uma palavra como qualquer outra. Dá-se o mesmo com os objetos sagrados que lhes opõem. A arma terrível é inofensiva em mãos inábeis ou incapazes de usá-la”.(5)